Quem é Você?
Você,
verdadeiramente, sabe quem é você? Você é o que, realmente, quer ser ou é o que
as pessoas, a sociedade espera que seja?
Eu
já me fiz muito essa pergunta e demorei, para saber e aceitar o que e quem eu
sou.
A
adolescência é a fase em que mais nos perdemos, pelo menos ao meu ver. É a fase
em que estamos começando a descobrir quem somos e tentamos, a todo custo, nos
encaixar naquele famosinho, naquele que chama mais atenção. Ok, eu sei que não
são todos, mas a maioria tenta porque aquilo atiça! Sim, atiça ser reconhecido
na escola, atiça ser reconhecido no geral. Eu tentei ser o que não sou... Usar
roupas que não condizem comigo e tal, mas não durou muito tempo porque logo
minha mãe me cortou, e mesmo que não fosse isso, logo eu pararia porque não
estava me sentindo confortável.
Uma
coisa que nunca fiz é passar por cima dos meus princípios para pagar de cool.
Essa
época foi bem difícil pra mim, como descendente de japoneses, não me sentia
encaixada em nenhum lugar. Nem mesmo entre os descendentes. Era estranho, me
sentia estranha estar no meio só de descendentes, mas ao mesmo tempo me sentia
estranha de estar entre as pessoas brancas.
Eu
sempre sentia que mesmo meu comportamento era diferente do das outras pessoas e
nunca entendia bem o por quê. Quando fui ao Japão consegui entender melhor,
como descendente de japoneses, minha educação acabou sendo como a de japoneses.
Não sei bem explicar o que vejo de diferente, mas é diferente.
Quando
voltei ao Brasil, me senti meio estranha, muito mais tímida do que antes. Fiz
um treinamento para líderes e lá aprendi que eu tenho que ser quem eu sou,
independente das outras pessoas. Só eu sei e conheço o eu interior e só eu tenho o poder de soltar ele. Então, depois
desse treinamento, fui digerindo as coisas aos poucos, fui me conhecendo melhor
e me soltando aos poucos. Não tenho mais vergonha de mostrar quem sou.
O
mais importante que aprendi e posso passar para vocês é: seja você mesma (o)!
Eu
sei e entendo que é bem difícil sermos nós mesmos porque sofremos uma pressão
enorme, principalmente as mulheres. A sociedade exige muito da gente. Exige de
tal maneira a nos deixar adoecidos. Mas a única maneira de ser feliz é sendo
verdadeiro consigo mesmo. Não é algo fácil, é uma coisa gradativa, mas que no
final dá muita satisfação.
Vejo
que muitas pessoas cursa x na faculdade não porque quer, mas porque os pais
impuseram ou porque a carreira que queria não dá dinheiro... Vale mesmo à pena
cursar e exercer algo que dá dinheiro, mas ser infeliz? Não é melhor cursar e
exercer aquilo que lhe dá prazer mesmo recebendo menos?
Sugiro
que faça a seguinte reflexão: quem é
você?
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