Chiquinho,
meu amado Chiquinho... Resgatei ele da rua dia 28 de maio de 2011, era um
sábado chuvoso. Logo que o peguei no colo, ele se aninhou e começou a amassar
pãozinho, nesse momento, o amor já estava instaurado.
Ele
filhote, hiperativo, não parava de correr pela casa, escalar a cortina da casa,
correr atrás da Nina, minha outra gata. Ele não parava um segundo, se dormia 5
minutos, era muito e já acordava cheio de gás! Quando ele dormia, eu fazia o
mínimo de barulho possível para ele não acordar e eu ter um pouco de sossego. Mesmo
quando ele trincou a patinha, ele não parou! Queria continuar a correr pela
casa, tanto é que conseguiu arrancar a tala! Era para ficar dez dias e ele
ficou apenas quatro! Minha mãe quis esganá-lo! Hahahahaha
Ele
era muito, muito esperto e inteligente. Ele entendia a palavra “remédio”, sabia
onde a gente guardava o remédio e a hora em que daríamos. Nunca dava para usar
sempre a mesma estratégia para o pegar desprevenido e mandar o remédio goela a
baixo. Se fazíamos um dia, no dia seguinte ele ficava mais do que esperto. Ele
era tão esperto, que uma vez a Nina estava super doente e ele, por puro ciúme,
começou a fingir que a patinha que ele havia trincado, estava doendo! Ele
mancava, fazia exatamente igual. No dia anterior, ele tinha feito na outra
patinha e começamos a comentar “Ué, será que ele machucou a patinha? Não foi
essa que trincou, né?”, aí no dia seguinte lá estava o esperto com a pata
“certa” xD Quem não viu, demora a acreditar, mas é a pura verdade! Teve a vez
em que o Guto operou para retirar um tumorzinho, aí o que o Chico fez? No dia
em que o Guto operou, ele aproveitou um momento em que não estávamos perto
dele, subiu e mordeu bem onde operou! Sim, foi de maldade e ciúme. Como ele
levou bronca, nos dias seguintes ele começou a forçar vômito. Como eu sabia que
era forçado? Porque ele ia bem na minha frente vomitar e eu via ele fazendo
força, induzindo mesmo, aí foi só eu mostrar um remédio e dizer que ele tomaria
aquilo caso continuasse a vomitar.
Em
Agosto de 2014, ele foi diagnosticado com câncer ósseo. Não tínhamos o que
fazer. Câncer não tem cura... Poderíamos fazer quimioterapia, mas seria
agressivo demais, pois seria na cabeça. Seria muito caro e um sofrimento
“desnecessário” a ele. Então o veterinário mesmo falou que não valeria à pena,
o melhor seria aproveitar ele ao máximo, dar muito mais amor e carinho nesse
tempo de vida que lhe restaria.
O
veterinário deu cerca de seis meses de vida para ele, mas o meu guerreirinho
ultrapassou as expectativas e conseguiu sobreviver até agora... Mas... Ontem
ele não dormiu e, consequentemente, eu também não. Eu percebi que ele estava agoniado,
com os olhos abertos, inquieto. Hoje ele não quis comer, minha mãe oferecia
comida, ele ficava com ânsia, ele passou a tarde deitado no sol e minha mãe
percebeu que ele estava sofrendo... Então
tive
que tomar uma das decisões mais difíceis da minha vida, uma das decisões mais
dolorosas... Hoje, minha mãe levou ele ao veterinário para o colocar para
dormir, para poder finalmente descansar sem dor. Por mais que tenha sido
doloroso, não podia ser egoísta e deixá-lo sofrendo.
Ele
partiu sabendo que fizemos tudo que estava ao nosso alcance.
Ele
partiu sabendo o quanto eu sofria junto com ele.
Ele
partiu sabendo que a decisão foi muito difícil.
Ele
partiu sabendo que queríamos o melhor pra ele.
Ele
partiu sabendo o quanto foi e será eternamente amado.
Ele
sabe que estará para sempre em nossa memória e coração.
O que eu mais queria, era transferir toda a dor dele pra mim...
Mas agora tenho a certeza de que ele está bem, sem dor e sem sofrimento no céu dos gatinhos...
O que eu mais queria, era transferir toda a dor dele pra mim...
Mas agora tenho a certeza de que ele está bem, sem dor e sem sofrimento no céu dos gatinhos...
Chiquinho,
meu bebê, meu lindo, meu guerreirinho... Te amo
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