Ontem
o dia foi bem bosta, como se não bastasse o nervoso com a burrice alheia, ainda
fiquei passando mal com o que comi no almoço (gordura em demasia), levei um “fora”.
Coloquei o fora entre aspas porque não cheguei a sair com ele.
O
rapaz que citei no post anterior que havia me chamado para sair, ontem disse
que se enrolou com outra pessoa e por isso não daria mais para sairmos. Assim,
ele me chamou foi no final da semana retrasada, só íamos ver o dia e ontem ele
falou isso. E a questão é que ele mesmo falou que vacilou e não foi
transparente comigo, simplesmente parou de falar no assunto de sairmos.
Fiquei
chateada, obviamente, mas fingi que não e falei que estava tudo bem e que ele
não me devia explicações só que em uma próxima vez ele tomasse cuidado porque
poderia acabar machucando a pessoa. Eu fingi que estava tudo bem porque não
queria que ele visse que me afetou, sabe? Por mais que ele tivesse que ter
responsabilidade sobre isso, achei melhor não. Não quis demonstrar que estava
na expectativa, talvez eu tenha achado que ele poderia se sentir por isso. Talvez eu tenha feito errado por ter guardado pra
mim, mas foi o que decidi na hora.
Fazia
um tempo que eu estava afim dele, mas ele namorava na época, então deixei por
isso, nunca tive esperança de nada, só sempre o tratei com carinho porque ele
também me tratava. Fiquei sabendo que ele é escroto. Não só por isso que ele
fez comigo, mas umas outras coisas. Mas sabe quando você não quer acreditar
porque você gosta muito da pessoa? Então, é isso que está acontecendo comigo,
eu querendo não acreditar que na verdade ele é homem sendo homem. Obviamente
que não estou querendo passar pano, como se fosse “Ah, é homem, então ok fazer
isso”, o que estou querendo dizer é que eu não enxergava que ele estava fazendo
o que estava fazendo, que ele está/estava sendo escroto, estava sendo homem.
Eu
havia prometido a mim mesma que não cairia mais em cilada por carência e quase
caí. Decepcionante. Na verdade não sei bem se foi bem cilada por carência
porque eu, realmente, não sabia de nada, não percebia nada.
É
fogo essa situação, porque eu sou difícil de me abrir, daí quando decido dar
uma chance acontece essa merda e eu fico com medo de novo de me machucar. É uma
sensação horrível essa de ser rejeitada, “trocada”... Bem, não fui bem trocada
porque não chegamos a sair, mas de qualquer forma, nem chance eu tive. Por um
lado acho que foi bom eu não ter tido essa tal chance porque talvez eu tenha
saído menos machucada do que ter saído e ter ficado com a sensação de ter sido
usada e trocada.
Ele
mandou um áudio dizendo que tem plena consciência do vacilo dele, mas que foi
bom saber que eu tenho uma cabeça diferente,
que sou forte. Só que assim, a
aparência de que sou forte é só porque eu quero me proteger mesmo, só isso.
Faltou
muita transparência, tato, empatia, consideração do lado dele. Por mais que ele
esteja atirando para todos os lados, isso não significa que ele pode brincar
com o sentimento dos outros. Por carência dele, ele não tem o direito de ser
cu***.
Ontem
eu chorei, hoje acordei não tão bem ainda. Meditei e me acalmei, mandei tudo
pra fora e estou bem melhor. Bom que amanhã ainda é minha folga, então posso
respirar por mais um dia sem ter que ver a cara dele. Daí depois é continuar a
nadar e fingir que nada aconteceu e voltar a fazer tudo como sempre fiz,
continuar a tratar como sempre venho feito, continuar a ajudar como sempre
tenho feito. Não porque tenho esperanças de que ele vá sair comigo algum dia,
porque eu não quero mais, ele perdeu a chance dele, é só pra ele saber que eu
sou assim, esse é meu jeito, ajudo independente da pessoa e independente da
minha intenção com ela, até porque eu não tinha intenção alguma mesmo quando
soube que ele estava solteiro.
Enfim,
responsabilidade afetiva é algo que falta nas pessoas, na verdade acho que
muitas pessoas nem se ligam nessa questão. Muitas falam “Criou expectativa
porque quis”, só que não! Você fez com que a pessoa criasse essa expectativa a
partir do momento em que deu um resquício de esperança para ela.
PENSE NISSO!